quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Em busca de algo

Ultimamente tenho tido a privilegiada oportunidade de observar e sentir de perto o dilema persistente entre aquilo que todos contabilizamos como feitos socialmente aplaudíveis e os feitos de ordem emocional, que apenas intimamente consideramos, tendo um valor reduzido ou mesmo inexistente para o olhar comum de um observador extrínseco. Não defendo de todo que devemos viver num véu emocional que nos inibe de percepcionar as transformações que vão surgindo à nossa volta, mas será correcto seguir o rumo de uma sociedade globalizante que cada vez mais se sustenta em futilidades, vícios fanados e emoções induzidas artificialmente?
Pressinto que a infância das gerações vindouras está a encurtar devido a automatismos coactivamente impostos e que é imperativo que se atinja o estado adulto a qualquer custo, estando assim um ciclo condenado a acreditar que a sua vivência se resume à trivialidade de fazer escola, ter um diploma, trabalhar, casar e ter filhos. Esta desumanização crescente é silenciosa e tem a força de moldar um paradigma capaz de formatar toda uma espécie.

Apesar da obrigação que a nossa imperfeição nos tem imposto ao longo dos séculos, não devemos cair numa ostentação dos feitos materiais e tentar encontrar o equilíbrio entre o dever fazer e o dever ser.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Excerto






"A cada dia que passa, a nossa individualidade torna-se cada vez mais colectiva e a colectividade mais una, sobrando um ínfimo espaço para a originalidade e sentido de ruptura."